segunda-feira, 18 de julho de 2011

Para cair nas graças do entrevistador


Na hora de conseguir aquele posto, mentira e celular ligado estão fora de cogitação; divagações também. O entrevistador é um profissional de Recursos Humanos treinado para tirar tudo o que um candidato traz dentro de si. Por isso, na hora de começar uma entrevista de trabalho, a primeira coisa que o candidato deve fazer é seu dever de casa - informar-se sobre o cargo e a companhia - e estar consciente de que um simples gesto pode transmitir muito mais informações do que imagina.
A psicologia, claro, tem papel importante durante todo o processo de seleção. Graças as suas técnicas, o entrevistador pode averiguar se o candidato mente, se é extrovertido, se tem empatia ou se seu modo de ser se encaixa nas necessidades do cargo. Também pode conhecer o que o motiva, se tem capacidade de concentração, se suporta pressões com facilidade ou se tem um temperamento agressivo. "Por exemplo, se o que se procura é um comerciário, uma pessoa que se mexe muito e gesticula é mais adequada do que outra que não olha nos olhos ou que seja muito parada", explica Roberto Sánchez, o consultor da Adecco Selección.
Os especialistas reconhecem que são numerosos os aspirantes a um cargo que chegam sem interesse ou mentiram em algum processo anterior à entrevista. "A primeira coisa que interessa ao entrevistador é conhecer a honestidade do entrevistado, seu grau de interesse pelo trabalho e a adequação de suas capacidades técnicas ao cargo vago", afirma Sánchez, que aponta ser "indolência e falta de interesse" as atitudes que os entrevistadores mais detestam". Já María Luisa Riobóo de la Vega, diretora de seleção da Psicotec, assinala que a entrevista é um ato de comunicação no qual devem ser respeitadas as regras do jogo. "Divagações e a falta de objetivos concretos reduz a eficiência", aponta.
Dolors Poblet ressalta que a pontualidade, a informação sobre a companhia e a função, a capacidade de vender-se e a honestidade do candidato em todo o processo são fundamentais para tirar partido da oportunidade oferecida pela entrevista. Além disso, os especialistas reconhecem que, apesar de tudo, a primeira impressão é reveladora. "A imagem deve ser cuidada, da presença à atitude, passando pela roupa, a forma de cumprimentar ou de despedir-se", diz Pablo Urquijo, diretor da Michael Page.
Jane Bamford, chefe de seleção da Hays, acrescenta que, atualmente, "deixar o celular desligado e ser pontual são comportamentos valorizados mais do que se possa imaginar".
Mas, afinal, o que o entrevistador quer? A honestidade é a primeira qualidade que se busca em um candidato e deve ser transmitida durante todo o processo. Ponto pacífico. Este é capaz de averiguar se o candidato mente, se tem empatia, se é ou não extrovertido, bem como suas capacidades pessoais e adequação ao cargo.
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9)(Expansión)

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